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Adhemar Ferreira da Silva: um monstro desconhecido do brasileiro

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O Senhor da foto nos deixou em 2021, 22 anos atrás. Se vivo estivesse, ainda não teria 100 anos. Nasceu e morreu em São Paulo e é, até hoje, um dos poucos brasileiros bicampeão olímpico. Quebrou um jejum de 32 anos em 1952 nos Jogos de Helsinque e veria nascer um 28 anos até os jogos de Moscou. Mas seus feitos não resumem a isso...


Até hoje Adhemar é o líder em conquistas de recordes mundiais em sua prova, o Salto Triplo. Adicionalmente está no Hall da Fama do Esporte, onde entrou postumamente em 2020. Ele gerou uma sequência de grandes saltadores brasileiros, com Nelson Prufência sendo prata e bronze ( Cidade do México 68 e Munique 72 ) E João Carlos de Oliveira - o João do Pulo - bronze duas vezes ( Montreal 76 e Moscou 80 ).


Adhemar sempre foi comunicativo e desde cedo tocava violão. Um dia ouviu a palavra atleta e gostou da mesma. O destino o apresentou o salto triplo, considerada uma das mais técnicas de todas as modalidades olímpicas. Participou dos Jogos de Londres em 1948, ficando em um honroso 8º Lugar, o que já seria um feito digno de entrar para a história.


Em 1951 ele já era recordista mundial com 16,01. Chegaria na Finlândia falando e cantando em... finlandês!!! Conheceu um casal finlandês em São Paulo durante a São Silvestre de 1951, fez amizade e aprendeu o idioma. Ganhou o publico e teve total apoio na final, na qual quebrou o recorde mundial 4 vezes, saltando no final 16,22. 4 anos depois chegou em Melbourne como amplo favorito, mas...


Uma dor de dente quase atrapalhou tudo, mas 2 dias antes da prova um dentista fez uma punção e tudo se resolveu. Mas o bicampeonato não veio fácil, lutando contra 2 russos ele somente venceu no salto final, conseguindo 16,35 que era apenas o novo recorde mundial. Mais uma vez foi ovacionado e repetiu o feito de 4 anos quando criou a "volta olímpica".


Ainda iria a Roma em 1960, mas não era mais o mesmo. Como não tinha dedicação total, o rendimento caiu. A idade, avançada para a época, também não ajudava aos 33 anos. Mesmo foi aplaudido de pé por todos ao final de sua participação. Ninguém fora tão dominante como ele no atletismo, dominando uma década. Somente em 2004 o Brasil teria atletas com duas medalhas de ouro no Vólei ( Mauricio e Giovane ) e no Iatismo ( Robert Sheidt e Torben Grael/Marcelo de Freitas ). E apenas em 2020 tivemos brasileiros vencendo duas vezes seguidas, com as iatistas Martina Grael Kahena Kunze.


Ele é quase um desconhecido no Brasil, mas na Finlândia será sempre lembrando como Da Silva. E olhe que eles tem um tal de Paavo Nurmi, que tem apenas 9 medalhas de ouro entre 1920 e 1928, em provas dos 800m até os 20km. Então, eles entendem bem de imortalidade no esporte...


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