
Hoje foi anunciado a variação do PIB ( Produto Interno Bruto ) do ano passado, que foi de supostamente pujantes 4.6%. O número, isoladamente, parece mesmo muito bom e quero deixar claro que é bom crescer, mas melhor ainda é fazê-lo de forma consistente e permanente. E aqui é onde começam os problemas. Antes disso, trago dois gráficos sobre o desempenho em trimestres do PIB em 2021, volto na sequência:


Os dois gráficos se complementam e mostram como os 4.6% não são animadores como parecem. O primeiro mostra o desempenho do Trimestre comparado com o anterior, ou seja, se aquele trimestre foi superior ou não ao anterior. Esta comparação mostra se existe melhora ou apenas uma estagnação/retrocesso. O segundo analisa o PIB como um todo e mostra se a Economia, no geral, crescerá nos próximos trimestres ou não. Em ambos, os sinais são péssimos.
Ainda é preciso dizer que o crescimento de 4,6% é comparado com o de 2020, auge da Pandemia do Corona Vírus e que teve recessão de quase 5%. Logo o resultado é uma recomposição da Economia, vista no mundo inteiro, diga-se. Aliás, o Brasil ficou em 21º lugar entre as Economias que mais cresceram em 2021, o que não condiz com nosso tamanho e importância. E é o futuro próximo que preocupa.
Antes de falar de 2022 e do que o Governo não fez, é preciso falar que um ano atrás a expectativa era uma recuperação de 5,5%. E para 2022 as projeções inicias eram de 2.5%. Agora praticamente não se encontra mais nenhum analista que aposte em nada além de Estagnação ou, pior, Recessão.
O Brasil seguramente está com 3 Trimestres em crescimento zero ou negativo, o que configura recessão técnica. O Governo não fez o ajuste fiscal necessário, não cortou despesa, não fez as privatizações e nem pôs em prática ações para diminuir o desemprego. Assim sendo, teremos o pior dos cenários: recessão com inflação alta e juros altíssimos, o que somente piora tudo. E o Presidente nem sequer se preocupa com isso.
E para complementar ainda tem o caos gerado pela invasão sem qualquer justificativa por parte da Rússia contra a Ucrânia. Então realmente os 4,6% estão longe de serem uma ótima notícia. Passam bem longe...
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