EUA precisam escolher entre normalidade e irresponsabilidade

O caminho é claro: eleger alguém que prega a Democracia ou voltar a alguém que foi o mentor do pior do ataque que a Democracia dos EUA em 250 anos de Independência. E acreditem: existe uma chance real dele voltar a Presidência, por maior absurdo que pareça.

É um escárnio que Donald Trump possa ser candidato outra vez depois de tudo o que fez após ser derrotado por Biden e Harris em 2020. Atacou tudo e a todos após a derrota em 2020, inclusive o Vice-Presidente Mike Pence, que por lá preside o Senado ( assim com Harris atualmente ). Trump queria que ele negasse a validação dos votos do Colégio Eleitoral e com isso manter-se Presidente. Em bom português: ele queria um GOLPE. Quando viu que isso não prosperaria ele instigou seus "seguidores" a invadirem o Congresso no momento em que a validação acontecia. 3 pessoas morreram e várias ficaram feridas.

Harris é a atual Vice-Presidente e caiu de paraquedas na disputa quando os sinais de demência de Biden ficaram bem claros. Foi ungida candidata e largou na frente, mas as pesquisas recentes mostram um quadro bem equilibrado. Ela tenta galgar mais um feito histórico e agora tornar-se a primeira Presidente dos EUA. Tem a seu favor feitos na Economia, recuperada no pós-Trump e o desempenho de controle da Pandemia, negligenciada pelo rival. Contra si os rumos da política externa e o políticas identitárias. Seria terrível Trump derrotar duas mulheres muito mais preparadas. Enfim, é aguardar.

A eleição dos EUA é, na prática, indireta. São 50 eleições separadas, onde quem vencer no Estado fica com todos os votos no Colégio Eleitoral, pouco importa se vencer por mil ou 3 milhões de frente. Assim, e já foram 2 vezes neste século, o mais votado nacionalmente pode não ser eleito presidente. Foi assim em 2000 ( Al Gore x Bush Filho ) e em 2016 ( Clinton x Trump ). E pode se repetir novamente hoje. Para se eleger é preciso conquistar 270 votos no Colégio Eleitoral. E 7 estados podem, no fim, decidir tudo.

Será uma longa noite de apuração. E o vencedor terá o comando da maior economia do mundo. E o poder até mesmo de tocar fogo nele...