Golpe de 1964: Jango foi irresponsável e covarde
- salgueironews4
- 29 de mar. de 2024
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Dia 13 de Março de 1964. Foi neste dia em que o então Presidente João Goulart cavou as bases pra o golpe militar que o derrubaria 19 dias depois. As conspirações já estavam em curso, é claro, mas o Comício da Central acelerou o processo. Com 3 propostas incendiárias: Reforma Agrária, Estatização das Refinaria e indicação de votos para analfabetos e camadas inferiores dos militares. Enfim, ali tudo deteriorou mais rapidamente...
Existiam planos também de que uma Reforma Urbana acontecesse, com expropriação de imóveis, algo tão incendiário quanto as outras propostas. Acontece que Jango precisava fazer uma única coisa: Governar e passar o poder para JK em 1965. Mas uma vez no poder, ele foi "pressionado" a realizar reformas durante seu mandato. E, reitero, essas mudanças eram nitroglicerina pura no meio da Guerra Fria, como expliquei no primeiro texto desta série. Gostem ou não, é essa a verdade. Mas Jango fez pior depois...
No dia 30 de Março, dois antes do Golpe derrubá-lo, João Goulart foi a um almoço no Automóvel Clube com Cabos e Sargentos da Polícia e das Forças Armadas. Já seria algo estranho, mas uma Revolta na Marinha deixara o Comando Militar extremamente preocupado, porque o Presidente não atuara pra debelar o motim. Mais um ponto negativo para Jango, que estava de olho em conseguir apoios justamente desta faixa das forças armadas, com a concessão do direito ao voto.
Rumores também davam conta de que Leonel Brizola, Governador do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango, queria ser candidato... mas as regras da época não permitiam. Pois é, são pontos demais em cima de Jango. E Brizola estava no Comício da Central diante de 200mil pessoas e era o mentor das medidas de cunho socialista ao lado dos membros do PCB e do Governador de Pernambuco Miguel Arraes.
Por isso que é impossível não apontar Jango como um irresponsável. E de onde vem o covarde? Bom, das 3 forças somente uma ficou fiel com ele: Aeronáutica. E o Ministro perguntou a Jango se deveria bombardear as tropas que se movimentavam rumo ao Rio de Janeiro e principais capitais. E o Presidente Jango disse que não. É bem claro pra mim que as tropas não resistiriam a um bombardeio, mas o covarde Jango não quis derramar sangue. Muito mais seria derramado fruto de sua covardia.
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