
Nos dias atuais ser mulher e atleta é algo que ainda geram problemas, com os mais comuns serem salários e patrocínios menores. Mas 90 anos atrás... era quase impensável que uma mulher largasse seu destino de ser mãe e submissa ao marido para disputar jogos olímpicos. Pois foram estes desafios, e tantos outros, que Maria Lenk teve que superar.
Sem condições adequadas para treinar ( nem outras mulheres para se espelhar ), Lenk é o que podemos chamar de um fenômeno. Competiu em Los Angeles 1932, quando tinha 17 anos, mas passou longe da medalha. Em 1936 nos Jogos marcados pelo Nazismo em Berlim, ela foi prejudicada pela longa e desgastante viagem, mas lançou um novo tipo de nado, o Borboleta.
Viveu seu auge após estes jogos, quando foi detentora de 2 recordes mundiais, mas a Guerra impediu-a de conseguir um feito que demoraria 68 anos, quando Mauren Maggi venceria o Salto em Distância conquistando o 1º Ouro individual de uma mulher. Quando os jogos voltaram em Londres, em 1948, ela já não mais nadava em alto nível mesmo que ainda jovem ( 31 anos ). Nadou até perto de sua morte, em 2007, meses antes do Pan do Rio de Janeiro.
Seu legado vai além dos feitos nas quadras, ele foi responsável por fomentar mulheres no esporte. Fundou a Escola de Educação Física e participou ativamente das competições master, das quais ainda é detentora de alguns recordes. O estranho é que até hoje que nenhuma mulher conquistou qualquer medalha nos jogos. Agora em Paris seria uma ótima oportunidade.
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