


Escolher os meias não foi uma tarefa fácil. Existem nomes espetaculares na lista. E diversos jogadores bons tiveram que ficar de fora. Assim o é na montagem de times históricos. Mas o lado bom disso tudo é que quem se escolhe é um imortal da bola.
O Time A, caso não tenham percebido, é quase o time bicampeão 1958/1962. E o jogador ao lado de Zito não pode ser outro que não o Príncipe Etíope. Jogador da Copa de 1958, destaque no time campeão no Chile 4 anos depois. Valdir Pereira, ou simplesmente Mestre Didi, foi quem comandou o melhor time brasileiro de todos os tempos. Na final, quando o Brasil saiu atrás, ele pegou a bola e caminhou até o meio campo, acalmando os companheiros. E comandou, de cabeça erguida, a virada que terminou em 5x2.
O Time B começa com um tricampeão, que jogava tudo com a canhota: Gérson de Oliveira Nunes. O jogador que fazia de tudo com a perna esquerda, mas não com a direita, que servia apenas para apoio. E fumava quase um maço de cigarros no intervalo. Na Copa de 1970, Gérson foi fundamental em dois momentos: na semifinal trocou de posição com Clodoaldo e a virada no caminho pra final nasceu. E na final, a partida estava encardida em 1x1 e ele desferiu o chute mortífero, batendo Albertosi, no lado oposto onde Carlos Alberto faria o gol final daquela partida. Além de lançamentos precisos de 50 metros, um deles na final, para o gol de Jairzinho.
Como o Time B terá um segundo meia, escolhi ninguém menos que Ronaldinho. O jogador que fez uma partida perfeita contra a Inglaterra nas quartas de final. Entre dar assistência, marcar um golaço e ser... expulso. Foi algo espetacular, que poderia ser ainda maior na Copa de 2006, mas ele não teve interesse. Mas não apaga o que ele fez naquela partida diante dos Ingleses. Sem ele, naquele dia complexo, o Brasil teria seis eliminações contra Europeus, não cinco como tem hoje.
Dos que ficaram de fora, foi complexo escolher entre R10 e Zico e Gerson e Sócrates, até porque aqui é o peso em Copas. Danilo Alvim tem contra si uma partida muito apagada contra o Uruguai segundo os relatos da época. Rivelino foi a três Copas e teve seu papel no tri, mas achei que ele era mais atacante naquele time do que meia. Rivaldo foi decisivo nas Copas de 98 e 2002, mas teve uma carreira "abaixo" de R10, quando este quis ser jogador profissional.
Elegíveis para Atacantes ( 4 jogadores no Time A e 3 no Time B ):
Leônidas da Silva - 1934/1938
Ademir de Menezes - 1950
Julinho Botelho - 1954/1962
Mane Garrincha - 1958-1966
Zagallo - 1958/1962
Vavá - 1958/1962
Tostão - 1970
Jairzinho - 1970/1974
Eder - 1982
Careca - 1986/1990
Romário - 1990/1994
Bebeto - 1990 - 1998
Ronaldo - 1994 - 2006
Neymar - 2014/2022
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