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Meu 1º de Maio morreu 30 anos atrás...

  • salgueironews4
  • 30 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

A imagem acima é do 1º de Maio de 1994, na abertura da última volta da vida de Ayrton Senna da Silva. Naquela manhã de domingo, tudo parecia conspirar para uma tragédia. Na verdade, o final de semana inteiro, com o acidente de Rubens Barrichello na sexta. E com a morte de Roland Ratzenberger, de Simtek no Sábado. E seguiu com um acidente na largada. Enfim a Bruxa estava solta.


Aquele dia é em que todo mundo sabe o que estava fazendo: na frente da TV ouvindo Galvão Bueno e Reginaldo Leme. Eu que fiz 50 anos em Março ( no mesmo dia 21 em que Senna nasceu, ele em 1960 ) sempre fiquei grudado na TV nas manhãs de Domingo. E naquele dia não foi diferente, eu lá estava. Meus pais também estavam vendo, mais minha mãe. Mas de um modo ou outros, todos os Bernardo Vieira viam a F1.


Senna era, desde 1988, o brasileiro a vencer. Piquet se aposentara em 1991 e na F1 o Brasil tinha 2 jovens pilotos: Rubens Barrichello e Christian Fittipaldi. Em 1994 Senna começava na Williams em busca do quarto campeonato. Conseguiu duas poles, mas teve dois abandonos. E em Ímola, terceira prova, ele queria a recuperação, sabedor que era a hora do vai ou racha.


Foram apenas sete voltas, todas com ele na liderança. Ele abre a volta com uma boa vantagem sobre Schumacher, na curva Tamburello o carro de Senna passa direto e bate no muro, numa velocidade assustadora. Segundo os fatos mostrariam depois, ele teve morte ali mesmo na pista. As cenas do resgate foram assustadoras e isso deixou todos apreensivos.


Poucas horas depois, Roberto Cabrini trouxe a notícia que todos tinham medo: Senna falecera. Na verdade no hospital Maggiore apenas a morte cerebral foi decretada. Dias tristes se seguiram, um funeral mais triste ainda e uma dor que não desapareceu depois de 30 anos.


O dia primeiro de Maio pra mim nunca mais teve o mesmo brilho. Se perdeu naquela manhã de domingo. Não parei de ver Formula 1, como muitos fizeram com a morte de Senna, alguém que dava alegrias aos domingo numa época bem complicada dos brasileiros. Mas eu admito que não tem mais o mesmo brilho. E isso nada tem a ver com não termos brasileiros na categoria, E sim com algo que se perdeu naquela curva Tamburello 30 aos atrás. E acho que nunca mais voltará...

 
 
 

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