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Rebeca Andrade dá show, mesmo sem medalha

Foto do escritor: Flavio VieiraFlavio Vieira

Existe uma versão sobre o brasileiro que é a de que não gostamos de torcer, mas sim de vencer. Ninguém virou torcedor do Tênis por causa de Gustavo Kuerten ou da Fórmula 1 por causa de Fittipaldi, Piquet e Senna. Todos gostavam de vencer. Assim que estes esportes perderam isso, voltaram para um patamar bem inferior. No caso do tênis voltou a ser irrelevante sem transmissões na TV Aberta.


Por isso que é impactante quando vemos uma negra, filha de mãe solteira e que era paupérrima chegar onde chegou hoje. Mesmo que não tivesse conseguido o melhor desempenho do Brasil em uma edição dos jogos, com seu Ouro no Solo e a Prata no Individual Geral, Rebeca Andrade já seria uma vencedora. Mas ele agora é mais do que isso. Bem mais.


E hoje ela foi lá e deu o seu melhor, contra a nata das Ginastas e ficou em quinto lugar. Como uma pernambucana fizera em 2004, aos 15 anos. Seu nome? Joana Maranhão. E para que Rebeca não vire uma Joana ( atenção ao que vem agora ) como um talento que apareceu e o sistema lutou contra ela, e que possa seguir brilhando, temos que dar a ela as melhores condições possíveis.


Para quem não sabe a CBDA ( Conf. Brasileira de Desportes Aquáticos ) simplesmente atrapalhou o talento de Joana, de maneiras tão asquerosas que nem quero falar. Mas existem vídeos na rede onde ela trata do assunto. Joana denunciou malfeitos que uma década depois levaram à prisão de Coaracy Nunes, o eterno presidente da CBDA.


Voltando a Rebeca, ela será paparicada por políticos e pessoas que desejarão ganhar em cima do seu sucesso. Ela precisa passar ilesa por isso, porque ela pode ser a chance real de massificar o esporte aqui. Dayane, Danielle e Jade não conquistaram medalhas, mas não são menores por isso. Mas para massificação de um esporte por aqui, muitas vezes nem mesmo conquistas são suficientes, vide o Tênis.


E eu falei de Gustavo Kuerten, mas antes tivemos Maria Esther Bueno, que era uma Serena Williams do seu tempo. E não temos grande relevância no esporte, mesmo com a alvissareira medalha de bronze recém conquistada.


Rebeca é um talento nato. Treinado por um brasileiro. Vinda das camadas menos favorecidas e teve que enfrentar as agruras da vida para treinar. E hoje é uma das melhores do mundo. Não é pouca coisa não. Enquanto isso o Congresso quer usar 5,7 bilhões de reais para campanhas eleitorais. Quantas Rebecas e Joanas teríamos se esse dinheiro fosse usado no Esporte? É pra se pensar...

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