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Roberto Campos Neto: demora em agir gera cicatrizes na economia

  • salgueironews4
  • 14 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Em 47 dias Roberto Campos Neto deixará a Presidência do Banco Central, cargo que ocupou de maneira exemplar. Primeiro a ocupar o cargo com mandato de 4 anos, ele subiu os juros quando deveria, baixo-os quando podia e foi um fiel cumpridor do papel legal do BACEN. Seguramente não é popular, mas acreditem: o Brasil estaria pior sem ele e a proteção de um mandato. Sei muito em do que falo.


Roberto Campos Neto aprendeu em casa sobre Economia, com o grande homem de quem herdou não apenas o nome, mas a dignidade e o amor pelas ciências econômicas. Não a toa foi seu avô quem fundou o Banco Central. Certas coisas não acontecem ao acaso e esse é uma destas situações.


Em entrevista a Folha de São Paulo, RCN como é conhecido no meio, fez um claro diagnóstico da situação. Clique aqui para ler tudo o que ele disse, mas deixarei alguns pontos que servem quase como antecipação do futuro próximo, quando ele não mais estará no cargo em que fez tudo o podia para ajudar o Brasil.


Presidente do BC afirma em entrevista à Folha que demora em agir gera cicatrizes na economia


A 48 dias de deixar o comando do Banco Central, Roberto Campos Neto diz não ser "monitor fiscal", mas dá opinião sobre o tema e afirma que há pressa para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentar um conjunto de medidas de corte de gastos capaz de reverter a piora da percepção de risco do Brasil.


À Folha, ele diz que a receita tem dois caminhos: cortar despesas na "carne" em 2025 e apresentar medidas que indiquem aos agentes econômicos que estruturalmente o arcabouço fiscal – a nova regra para o equilíbrio das contas públicas – ficará mais sustentável no futuro.


Para o presidente do BC, a demora do anúncio deixa cicatrizes no meio do caminho, como investimentos desperdiçados. "Quanto mais se espera, depois mais você acaba tendo que fazer. O choque que precisa ser produzido depois é maior", diz.


Depois da divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), o chefe da autoridade monetária nega a intenção de acelerar o ritmo de alta de juros e enfatiza que o colegiado não quis dar sinalização sobre os passos futuros.


No debate sobre o crescimento do país, ele chama de retrocesso a discussão sobre o fim da escala 6x1 de jornada de trabalho. "[O projeto] volta atrás num avanço que foi feito."

 
 
 

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